Vivemos atualmente uma realidade impensável há um ano. Escrevi em artigo anterior sobre as oportunidades que surgiram no ramo da gastronomia neste momento de crise, porém independente das crises econômicas ou da sociedade como um todo, o mundo está em constante mudança e transformação, inclusive, em alguns setores de forma muito mais acentuada e numa rapidez gritante. Estamos de fato numa era da disrupção ou como Clayton Christensen, Professor da Universidade de Harvard, chamou de tempos de “inovação disruptiva” para definir tecnologias capazes de transformar um setor.
Se antes da pandemia já tínhamos a necessidade de uma reinvenção constante das empresas, atualmente isto é uma questão de sobrevivência. Se o mundo virtual era uma realidade antes, hoje é mais do que isso, grande parte das empresas estão sobrevivendo graças ao e-comerce e ao delivery. É mister para as empresas sobreviverem neste ambiente de isolamento social e mais ainda se preparar para um futuro que nos parece incerto. A grande pergunta é: Como será o “novo” normal e quais as mudanças decorrentes disto, particularmente no setor produtivo?
As tecnologias capazes de transformar um setor encontram na atualidade o ambiente profícuo para seu surgimento e me parece que várias empresas já existentes se adaptarão e outras serão criadas para seguirem neste caminho que já foi trilhado antes como as grandes empresas Uber, Netflix, Airbnb e a Amazon.
A Consultoria Accenture mede o grau de disrupção no mundo com base em 28 indicadores, principalmente pesquisando taxa de crescimento, lucratividade e investimento em tecnologias digitais. O estudo é feito em 18 setores e com balanço de 10000 empresas para medir a capacidade destes setores em inovar e se adequar às mudanças, quanto mais baixo os níveis de disrupcao, maior a vulnerabilidade à transformação.
Dos dados obtidos entre os anos de 2011 a 2018 os setores de energia (55%) e varejo (37%) tiveram os maiores índices e os setores de mercado de capitais (-8%) e turismo (-13%) os menores índices.
Com a Pandemia, houve um crescimento em 2020 do e-comerce no Brasil durante o mês de maio de 132,8% com vendas superiores a 9,4 bilhões de reais em comparação com o mesmo período de 2019 segundo pesquisa da Compre & Confie publicada na revista Istoé Dinheiro, o que comprova que o Brasil possui um grande potencial no mercado de comércio eletrônico do mundo e que a covid-19 tem catalisado, porém vale registrar um triste dado: somos o segundo país em fraudes financeiras nessa modalidade do varejo (o México é o líder do ranking). Segundo a Accenture, o Tocantins é o estado mais perigoso para compra online e Santa Catarina e Rio Grande do Sul os mais seguros. Portanto, fique atento na hora de fazer suas compras de forma virtual.